Brasil registra aumento de 147 mil empregos em agosto, alerta para desaceleração

Caged projeta 1,5 milhão de empregos em 2025, mas aponta queda de 13,8% em comparação com 2024.

Emprego Formal no Brasil Apresenta Desaceleração em Agosto

Em agosto, a economia brasileira gerou 147.358 vagas de emprego com carteira assinada, um resultado que representa uma desaceleração em relação aos meses anteriores. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), essa criação de empregos foi acompanhada por 2,24 milhões de contratações e 2,09 milhões de demissões.

Desempenho em Relação a Períodos Anteriores

O saldo positivo, de 147.358 vagas, superou o registrado em julho (134.251), mas é o menor para o mês desde 2020. Essa queda de 38,3% em comparação com agosto de 2024 (239 mil empregos formais) demonstra uma tendência de desaceleração no mercado de trabalho.

Análise do Ministro e Expectativas do Mercado

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que, apesar da desaceleração, o mercado de trabalho formal “cresce menos, mas continua crescendo”. Ele mencionou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos podem ter tido um impacto, mas enfatizou que o principal fator é a alta dos juros. Economistas preveem que a taxa de desemprego permanecerá baixa por um período prolongado.

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Setores em Destaque e Desafios

O setor de serviços foi o maior gerador de empregos com carteira assinada em agosto, com 81.002 novas vagas. O comércio e a indústria também apresentaram resultados positivos, enquanto a agropecuária registrou um saldo negativo de 2.665 demissões. A análise da InvestSmart aponta para o fim da supersafra e as tarifas impostas pelos EUA como fatores que podem impactar o emprego no setor agropecuário.

Tendências e Projeções

Economistas preveem uma acomodação natural no mercado de trabalho no segundo semestre, devido à taxa básica de juros mantida pelo Banco Central. O Caged já apresenta sinais de desaceleração, o que pode levar a cortes de juros no primeiro trimestre de 2026. O saldo acumulado de janeiro a agosto mostra uma redução de 13,8% na criação de empregos em comparação com o mesmo período de 2024.

No final de agosto, o Brasil contava com 48,68 milhões de empregados com carteira assinada, um aumento em relação a julho e agosto de 2024. O salário médio de admissão também apresentou alta, passando de R$ 2.275,42 para R$ 2.295.

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